Dia 11 de outubro é o Dia do Deficiente Físico. Muitos avanços já marcam o nosso dia a dia nas organizações, para além do cumprimento das cotas. A educação contínua é o caminho para superar a discriminação (velada ou não) e o desconforto dos que, mesmo inconscientemente, fazem o ônus recair sobre a pessoa que traz algum tipo de limitação física. Tenho percebido uma inserção crescente de novos rostos e de novas vozes que, com muita coragem, revelam suas condições de saúde no intuito de despertar o mundo do trabalho para uma realidade inegável: nós sabemos muito pouco como lidar com a inclusão daqueles que nos são incomuns. Ao trabalhar nas Olimpíadas de 2016, tive um treinamento sensacional sobre como servir pessoas de diversas culturas, incluindo as pessoas com limitações físicas. Eu fiquei abismado com o grau de desconhecimento da minha parte (leia-se ignorância) e fiquei muito tocado com a autonomia e a confiança de pessoas incríveis que conheci nesta experiência. Uma voz contundente nas questões de consciência sobre condições de saúde crônicas é a Lady Gaga – que hoje estreia nos cinemas brasileiros no clássico A Star Is Born (Nasce Uma Estrela). Lady Gaga fala sobre sua vida com lúpus e nos presta um grande serviço na sensibilização sobre esta condição e o mundo do trabalho, uma vez que sua rotina de trabalho nos mostra que há momentos que devemos diminuir a velocidade ou até parar um pouco. E está tudo bem! O mundo do trabalho que eu espero é uma comunidade consciente das limitações e capacidades uns dos outros. Todos somos limitados e capazes. Acredito que o filtro utilitarista de enxergar o outro tem perdido sua força – quero crer nisso cada dia mais e desejo que abramos nosso entendimento para compreender como o outro vivencia este mundo. Considerando os desafios que cada um de nós enfrenta, eu diria que a limitação está onde há a negação de encontrar alternativas inclusivas de todos nós nessa grande rede de inter-relações. O sol é para todos.